Que o português é mesquinho e não vê pr'além do seu umbigo acho que é do conhecimento comum. O que já passa dos limites é a forma de ver as coisas - falo neste caso do umbigo.
O ser amorfo que passa a vida de cornos em baixo a olhar o umbigo, tem por normal não ver mais nada ao não ser mais do mesmo.
Convencido de que aquele é o seu mundo e que «daquilo» ele percebe a pacotes, fecha-se alegremente na sua concha e acha-se o rei de tudo e todos - que vivam em roda do buraquinho que é só seu.
O que me dá uma comichão danada - e cada vez mais próxima da dor - são os outros. Esses que não só olham e reinam sobre a própria barriga, mas que - e ainda que não se deem conta disso, como bons fieis da ignorância que se tornaram ao longo dos anos - se colocam a adivinhar sobre o que não veem (leia-se, o mundo à sua volta). E madam todos e quaisquer bitates acerca de coisas que lhes passam totalmente ao lado.
Se o tipo que pensa que o mundo gira à volta do seu umbigozito - a sua alegre chafarica - e se acha inteligente acima de tudo e de todos pois do seu furinho na história percebe ele - pode parecer a maior besta ignorante à face da terra.. o que dizer do belo do Tuga inteligente - que diga-se de passagem à inteligência não deve nada - que ainda por cima adivinha o que não vê, fala do que não sabe, e aconselha o que lhe é cada vez mais alheio.
Mais €0.02 para os fazer pensar um bocadinho.
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