sexta-feira, setembro 08, 2006

Tão fácil ...

É tão fácil a forma como as pessoas vivem a vida. Sem a viver. Sem sentir. Do «nada» se constroi uma existência. Esse infinito «empurrão de barriga» até à morte.
Encostam-se. A algo, a alguém. Enconstam-se e empurram como se o amanhã não houvesse.
Enconstam-se e impedem...
Impedem que outros vivam, que outros sintam. Impedem que outros consigam.

Não acredito mais em milagres. Não há pessoas neste mundo. Não há vida nesta 'vida'.

Há algo que fede de tão podre que está. Há algo podre nas pessoas à nossa volta.
Capazes de tudo para que o 'empurrão' que vão dando na sua própria existência seja mais fácil. Mais ... suave.

Vão empurrando para que não se percam. Para que não percam nunca o encosto.

Não percebo qual a necessidade incessante de uma segurança que nunca haverá. De uma forma que não é. De algo que não existe, ainda que lhes custe tanto a empurrar.

Perco-me a tentar encontrar os outros. Os 'encostos'. Esses que acreditaram ainda aguma vez que fosse que estariam a ser acarinhados. Alguns ainda acreditam. Outros, mais despertos para aquilo que de facto sentem... denotam no carinho alguma 'pressa'. O empurrão.

Vão morrer longe os que empurram .. deixem quem ainda tenta, viver !

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