domingo, maio 11, 2008

Louco...

Há já algum tempo que a insanidade o incomodava. Decidiu fazer algo acerca disso. Re-pensou a vida, meteu-se ao caminho!
Loucura... o que é?
Vazio?
A paixão do nada, e do tudo?
Um amor assoberbado pelo que não se tem, nem nunca se terá...

Uma insanidade galopante, que não dava trégua.
Um peito que se inchava, numa dor constante de angústia, e de prazer.
Numa fome de se ser, de tão forte que não cabe no peito.
Numa vontade de poder, sabendo que se é, mas sem sucesso.

Continuava, cego, por caminhos que não sabia seus...
Matava na alma a esperança de alguma vez se encontrar.
Fujia de si mesmo e não sentia mais que aquela dor, forte, no peito que já não tinha.

Onde encontrou a arma não se sabe. A bala, com certeza não era sua.
Custou à familia o preço de pagar a limpeza, dos restos na parede, e de um corpo que já não vivia.

Aos que ficam, apenas uma coisa terão como certa. A morte calha-nos a todos. Mas só alguns estão famintos o suficiente... para querer possuí-la mais cedo.

1 comentário:

Grão de Areia disse...

EStás um autêntico poeta… Louco… Mas poeta, mesmo assim.