quinta-feira, novembro 10, 2011

A minha relação com o Black Metal

É engraçado como um tipo se torna mais ou menos aficcionado a um estilo de música ou a outro.

Há coisas que eu sei que nunca conseguirei ouvir com atenção. Não me dão a mesma 'pica', ou simplesmente não me cativam pela atitude que transmitem (eg. xCORE ... aka qualquer coisa derivada do Hardcore a mim não me assiste).

Há outras coisas que nunca me canso (e agora passados 20+, anos acho que nunca me cansarei) de ouvir, é o caso do Death Metal (DM).

Depois, há 'nuances'... Doom e Black Metal (BM) para mim são muitas vezes um grande NIM. São, porque ao mesmo tempo que há um conjunto de bandas que não tenho a menor dúvida de que me entram pelos tímpanos (e ficam lá) à primeira (Dissection, Soulfallen, Hecate Entroned, Netherbird) há um conjunto de outras, epá, que levam tempo...

Nunca me chamou a atenção, por exemplo, Watain. Não sei porquê, talvez pela ideia de um BM mais crú, mais áspero diria mesmo.

Redonda parvoíce, claro (!)

Se há banda que pega no legado de projectos como Dissection, e lhes dá continuidade, num excelente trabalho de BM melódico, é Watain, no seu álbum de 2010 "Lawless Darkness".

Deixo-vos com uma das minhas favoritas, mas com um aviso, isso é viral (!) quando se começa a ouvir não se consegue parar!

sexta-feira, setembro 30, 2011

Alas...

Recomeçar por recomeçar, porque não com um video bastante engraçado de uns senhores polacos bem conhecidos na praça!?

quinta-feira, setembro 29, 2011

Cuspidela

Pois é, ao fim destes anos todos, a "Água-com-gás" lá deu origem a mais um arroto. Quem diz arroto, diz outra coisa mais .... flatulenta.

Certo é, que neste dia 29 de Setembro de 2011, a famosíssima publicação (in)regular "No Monte da Azinheira" nos deixou!

Cresceu, tomou forma própria...

Pelo corpo que ganhou tornou-se entidade, de nome, e de sítio! Foi portanto cuspida, no que será a segunda grande spin-off deste vosso fabuloso (e humilde) ponto de leitura!

Nada de novo para o tema do blogue. "Água-com-gás" em demasia é conhecido que dá origem a estas coisas! ;)

Para mais informações, por favor consultar http://montedaazinheira.blogspot.com/ onde a partir de hoje constarão os textos já publicados (e revistos) e outros tantos que darão seguimento à nossa história.


... e mais não digo, que tenho de ir jantar ;)

quarta-feira, agosto 24, 2011

O Monte da Azinheira (Tomo VI - O Vento ... 1ª Parte)

O vento havia mudado. Coisas de vento. De vez em quando lembra-se e muda, nada de novo.

Mas desta feita Chiquitita não tinha ficado contente. O frio começava de novo, era o Inverno que chegava certamente, e algo de mais lhe parecia que ia acontecer. Alguma coisa estranha.

A vida na quinta era o que é uma vida na quinta. Come-se, dorme-se, apanha-se um pouco de sol. Assim simples, vida de quinta.

Ti Manel da Burra, homem grande e forte, era por norma muito gentil com todas as suas meninas. Sentava-as no colo, passava-lhes um pouco a mão por cima, assim ao de leve, umas festinhas, umas brincadeiras.
Chiquita não tinha absolutamente nada a apontar sobre ele. Homem sério certamente e muito carinhoso com as meninas que lhe pertenciam.

Mesmo o Sr. Padre lá da aldeia por vezes vinha conversar com ele, e fazia um pouco o mesmo. Sentava-as no colo, assim uma apanhada por acaso. Fazia-lhe umas festinhas, assim ao de leve, enquanto conversava sobre essas coisas que os Homens conversam uns com os outros.

A vida na quinta para as meninas era portanto isso mesmo, uma vida de quinta. Nada a apontar de quem delas tomava conta.

No entanto, e desde o desaparecimento de Maria, a sua melhor amiga de infância, Chiquitita andava de certa forma apoquentada. O vento a mudar, o Inverno que vinha. Aquele friozinho que gela os ossos, e que não há agasalho que nos salve. Algo se ia passar, sentia-o.

Um dia passou-lhe mesmo pela cabeça por-se a caminho. Mas a cerca era muito alta, e ela não teve sequer coragem de a abordar com intuito de fuga. Continuava por ali. Vida de quinta. Rolava umas pedritas de vez em vez. Muito cabisbaixa. Algo que ia passar, e a cada dia que passava sentia-o ainda com mais força....

Outro dia que o Sr. Padre veio visitar o Ti Manel, como era o seu costume assim de vez em quando, ainda pensou que talvez fosse aquela a sua oportunidade de se por ao caminho. Mas não é que o homem quando a vê à porta não hesita em escolhe-la para brincar? Parece que o fez de propósito, como se soubesse de antemão os seus planos.

O homem fala com Deus, nunca se sabe o que ele sabe. Deixou-se ficar, como sempre. Deixou que a tocasse, como sempre. Que a acariciasse. Deixou-se levar, e adormeceu.

Quando acordou percebeu logo que algo não estava bem. Nunca Ti Manel a havia deixado entrar em casa. Tal foi o seu espanto que se viu mesmo no meio da cozinha. Ti Manel agarrava-a com ambas as mãos, aninhava-a no seu regaço e falava baixinho. Fazia-lhe festas, como sempre.

Chiquitita deixou-se levar, quase adormeceu de novo.

Quando o Sr. Padre ajudou o Ti Manel a agarra-la pelos braços e a esparramar no chão da cozinha percebeu. Algo se ia passar, e era mesmo nesse momento.

Esbracejou, gritou, tentou soltar-se com todas as forças que tinha. Nada os parecia demover do seu intuito. Gritou mais alto enquanto lhe punham os pés em cima e a esparramavam ainda mais.

No momento final, ao sentir o frio da faca de gume afiado na garganta, mal teve tempo para um último suspiro...

Encheu uma tigela bem cheia de sangue, e cumpriu o seu destino, ainda que já não o pudesse perceber.

Deu uma bela cabidela!


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terça-feira, agosto 23, 2011

O Monte da Azinheira (Tomo VI: O vento - Prólogo)

O vento mudou no monte. Tudo muda com o vento.
Algo de estranho se está a passar debaixo da Azinheira...


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terça-feira, agosto 24, 2010

The light... at the end of the World

Cada vez mais me intrigo, com a facilidade com que nos vemos simplesmente de mãos atadas e sem planos quando se nos vai a electricidade.
Uma dependência que começa a ser deveras irritante.

Valha-nos a existência da boa e velha vela de cera, um isqueiro com gás para a acender, um pouco de energia portátil na forma de uma bateria carregada.

Foi um bocado bem passado, confesso. Tenho de desligar a luz mais vezes!

segunda-feira, agosto 23, 2010

The fisherman and the birds


The fisherman and the birds, originally uploaded by Animus Moth.

Tivesse eu uma conta pro no flickr, e abria um stream só para a sequência de 3-4 fotos que consegui.
Apenas bastou um pescador ao longe, um balde com restos de peixe, e uma reacção rápida ao ruído que - só - um bando de gaivotas famintas consegue fazer numa manhã de verão.

Praying Mantis


Praying Mantis, originally uploaded by Animus Moth.

Por isso compro calções com bolsos grandes. Por isso procurei uma máquina bem pequena.
Ele há coisas que quando se encontram é preciso guardar.
E mostrar para que o mundo todo as veja !

Cicadinae


Cicadinae, originally uploaded by Animus Moth.

Ia fumar o meu cigarrito na varanda, como de costume. Ouvi-a cantar, pareceu-me longe, como de costume.
Aproximei-me; calou-se. Espreitei. Ali estava ela no canto do muro.
Saquei da camera. Ei-la aqui bem caladita ! ;)